quinta-feira, 10 de junho de 2010

áquela luz ... aguarela timida que se contorcia no calor das horas,
as pessoas que inocentemente transitavam os desvios dos seus destinos,
pareciam guerreiros,
vis e atrozes soldados,
regressados a casa soluçando os despojos do dia.

No edificio, carnudo de vida,
Respirava-se a tranquilidade que só um dia ameno de verão pode proporcionar.
Os olhares dos que ali ociavam,
entrecruzavam-se,
cravando-se lenta e amargamente uns nos outros.

Sentia-se o débil crepitar da actividade lá fora.
A leve cozedura do destino a apurar as suas subtilezas.